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Hispânia (em latim Hispania) foi o nome dado a toda a Península Ibérica (atuais Portugal, Espanha, Andorra, Gibraltar e uma pequena parte a sul da França) durante a Roma Antiga. A conquista romana da Península foi iniciada em 218 a.C. em Ampúrias e concluída quase 200 anos depois, com as guerras Cantábricas.
Ao longo de cerca de 700 anos a Hispânia fez parte do Império Romano, proporcionando um enorme caudal de recursos materiais e humanos, ao mesmo tempo que foi uma das regiões mais estáveis do império. Tanto os povos como a organização política do território sofreram profundas mudanças. Inicialmente a Hispânia foi dividida em duas províncias: Hispânia Citerior e Hispânia Ulterior. Durante o Principado, a Hispânia Ulterior foi subdividida em duas novas províncias: a Bética e a Lusitânia, enquanto a Hispânia Citerior foi rebatizada para Tarraconense. Mais tarde, a parte ocidental da Tarraconense foi desanexada, inicialmente como Hispânia Nova, depois rebatizada como Galécia (correspondente à atual Galiza, Norte de Portugal, Astúrias e parte de Leão). Durante a tetrarquia de Diocleciano (284), o sul da Tarraconense foi desanexado para constituir a província cartaginense. O conjunto de todas as províncias hispânicas formavam uma única diocese civil, a Diocese da Hispânia, sob a direcção do vigário de Hispaniae, cujas competências se estendiam também à Mauretânia Tingitana (ao redor de Tânger) que, portanto, eram oficialmente consideradas "hispânicas".
A administração romana manteve-se até 409, quando o império Romano em colapso foi confrontado com as invasões bárbaras da Península Ibérica. O território foi então cedido a alguns destes povos como federados, Suevos e os Visigodos, que mantiveram o nome Hispania.